Nós Mulheres

Não é o homem superior à mulher,nem a mulher superior ao homem.Mas não é certo dizer que ambos são iguais em tudo.
A realidade é maior e mais bonita:A mulher possui qualidades especificamente femininas que,quando se unem as qualidades especificamente masculinas,permitem conseguir resultados maiores,mais expressivos e mais ricos que poderiam se alcançar,quando cada um dos sexos trabalham separadamente.

D. Helder Câmara








terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O QUE É VIVER BEM?

Por Cora Coralina

Um repórter perguntou a CORA CORALINA (poeta que viveu até 95 anos): - o que é viver bem? Ela disse-lhe: “Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo prá você: não pense. Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso. Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais. Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio! Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não. Você acha que eu sou? Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.

Digo o que penso, com esperança.

Penso no que faço, com fé.

Faço o que devo fazer, com amor.

Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.”

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Recomeçar

Não importa onde você parou
em que momento da vida você cansou
o que importa é que sempre é possível e
necessário “Recomeçar”.

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo
é renovar as esperanças na vida e o mais importante
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado …
Chorou muito?
foi limpeza da alma …
Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia ...
Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos …
Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora …
Pois é… agora é hora de reiniciar… de pensar na luz
De encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal
Um corte de cabelo arrojado… diferente?
Um novo curso… ou aquele velho desejo de aprender pintar, desenhar,
dominar o computador… ou qualquer outra coisa.
Olha quanto desafio… quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando!
Tá se sentindo sozinho?
Besteira! Tem tanta gente que você afastou com o seu “período de isolamento”…
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para “chegar” perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza… nem nós mesmos nos suportamos…
ficamos horríveis… o mal humor vai comendo nosso fígado…
até a boca fica amarga.

Recomeçar… hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? Sonhe alto… queira o melhor do melhor!
Queira coisas boas para a vida...
pensando assim trazemos para nós aquilo que desejamos.
Se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos…
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor.

O melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental… joga fora tudo que te prende ao passado…
ao mundinho de coisas tristes… fotos… peças de roupa, papel de bala…
ingressos de cinema, bilhetes de viagens…
e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados…
jogue tudo fora… mas principalmente: esvazie seu coração,
fique pronto para a vida… para um novo amor…

Lembre-se somos apaixonáveis…
somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes…
Afinal de contas… Nós somos o “Amor”…
” Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura. “

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que quer uma mulher

Uma mulher quer que suas unhas não quebrem nem descasquem. Uma mulher quer se sentir atraente com o peso que tem. Uma mulher quer ver seu trabalho valorizado. E quer ganhar dinheiro com ele. Uma mulher quer ser amada. Quer viver apaixonada. E quer se divertir. Uma mulher quer ter filhos. Ou já quis um dia. Uma mulher com filhos quer ter mais tempo pra ela. e uma mulher com tempo de sobra quer uma rotina mais agitada. Uma mulher só não quer o tédio. Uma mulher quer um cabelo que não precise ser constantemente pintado, arrumado, escovado. Uma mulher quer conversar. Uma mulher quer ficar em silêncio. Uma mulher quer que lhe telefonem de surpresa e lhe digam coisas que a façam ficar sem palavras. Uma mulher quer deixar um homem maluco. E ter, ela mesma, o direito de enlouquecer. Uma mulher quer aprender a ser mais egoísta. Quer, ao menos uma vez na vida, pensar só nela e em mais ninguém. Uma mulher quer inspirar um poema. Quer ser musa. Mas não quer ser confundida com mulheres que não controlam a própria vaidade e pagam mico nas páginas das revistas. Uma mulher quer colocar comida na mesa e que as crianças raspem o prato, uma mulher quer seus filhos saudáveis e felizes, uma mulher quer que eles durmam a noite toda, de preferência em casa. Uma mulher quer desligar a tevê. Uma mulher quer sexo. Uma mulher quer devorar um pão de meio quilo sem culpa. Uma mulher quer sair bonita na foto. Uma mulher quer dormir mais cedo. Uma mulher quer ser reparada na festa. Uma mulher quer que seu carro não a deixe na mão. Uma mulher quer ser escutada. E quer escutar os homens, que pouco se abrem. Uma mulher quer fazer algo pela sociedade. Quer ajudar quem precisa. Quer ser útil. Em troca, quer que a ajudem com as sacolas. E que a amparem na dor. Uma mulher quer ter o gostinho de dizer não para os cafajestes. Por mais que ela queira dizer sim. Uma mulher quer morrer de rir. Uma mulher quer que não a levem tão a sério. Quer batalhar por seus ideais sem se embrutecer. Uma mulher quer de vez em quando demonstrar seus dotes de atriz. Uma mulher quer brilhar no escuro. Uma mulher quer paz. Uma mulher quer ler mais, viajar mais, conhecer mais. Uma mulher quer flores. Quer beijos. Quer se sentir viva. E quer viver pra sempre, enquanto for bom. Está respondido, doutor Freud. Não somos assim tão complicadas. ( Marta Medeiros )

domingo, 19 de junho de 2011

Casa arrumada é assim:

Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma
boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um
cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das
prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da
tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que
brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da
gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.



Carlos Drummond de Andrade


vale a pena ler e refletir.....

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Para reflexão.



"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.
Isto mesmo !
Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder ?
Como ?
Não é nosso, recordam-se ?
Foi apenas um empréstimo. "

JOSÈ SARAMAGO

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Pequena folha

Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.

Pablo Neruda

quarta-feira, 6 de abril de 2011

JAPÃO

Por Monja Coen

Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão,

me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro.

Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.

Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?

Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.
Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras.
A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima.
A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas.
Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.
Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.
Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos-

mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.
Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.
Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.
Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.
Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.
O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.
Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.
Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.

Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.
Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.

Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.
Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.
Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.
Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.
Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.
Mãos em prece (gassho)



Monja Coen

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim. Nem que eu faça a falta que elas me fazem.O importante pra mim é saber que eu em algum momento fui insubstituível.E que esse momento será inesquecível.
Mario Quintana

quarta-feira, 30 de março de 2011

UM ABRAÇO




Sentir o nosso coração ao mesmo tempo que o de alguém a quem damos um abraço faz-nos de tal maneira bem à saúde, traz-nos uma tal paz, que até existe uma forma de tratamento chamada Terapia do Abraço.
Um bom abraço ajuda-nos a sentir as muitas dimensões do amor: a facilidade para receber e dar, a sensibilidade para o sofrimento, a disponibilidade para a alegria de se divertir e a profundidade da ternura.
Abraçar alguém é como dizer-lhe: "Olha, aqui estou para o que quiseres, de coração aberto para ti". O que implica aceitar ser rejeitado. Mal interpretado. Correr esse risco.
No entanto, só se a atitude interior, o pano de fundo a partir do qual nos relacionamos com os outros, for de lhes estender os braços e de os tocar, poderemos descobrir o valor da partilha.
Não são só as pessoas solitárias, infelizes, inseguras, que precisam ser abraçadas. Abraçar bem dá-nos saúde. Mas não se trata de abraços sociais, de conveniência, em que duas pessoas se tocam apenas por fora – portanto não se tocam -, nem de abraços de dois amantes apaixonados que um ao outro se agarram.
São abraços que acontecem porque saem cá de dentro sem que os travemos. Como expressão de um amor incondicional que nos habita – e de que não temos medo, porque o olhamos como algo que verdadeiramente nos liberta.
A intimidade que um abraço sincero oferece é a da compreensão. Da atenção. Da solidariedade. Da amizade que existe para lá da exaltação dos sentidos, apenas por ter a consistência daquilo que brota do fundo de nós mesmos e que se mantém quer faça sol quer chova.
Abraços são uma espécie de foguetes capazes de fazer despertar moribundos ou fazer levantar da cama preguiçosos. Explosões de vida. Há quem goste de os dar para reafirmar um vínculo de amizade ou qualquer outro sentimento. E são uma das melhores festas gratuitas a que toda a gente tem acesso. São abraços do fundo do coração, frequentes entre duas pessoas que, por nada pedirem uma à outra, de cada vez que se encontram recebem sempre muito – e apenas por isso são levadas a celebrá-lo.
Quando um coração se abre para outro coração, há quase sempre uma qualquer maravilha que pode acontecer. Ou, quanto mais não seja, uma sensação de paz possível, neste mundo cheio de guerras em que vivemos.
Adaptado do texto "Venha daí um bom abraço!",
Mais e Melhor, Maria José Costa Félix

sexta-feira, 4 de março de 2011

PESSOAS SÃO UM PRESENTE


Vamos falar de gente, de pessoas...
Existe, acaso, algo mais espetacular do que gente?
Pessoas são um presente.
Algumas tem um embrulho bonito,
como os presentes de Natal, Páscoa ou festa de aniversário.
Outras vêm em embalagem comum.
E há as que ficaram machucadas no correio...
De vez em quando uma Registrada.
São os presentes valiosos.
Algumas pessoas trazem invólucros fáceis.
De outras, é dificílimo, quase impossível, tirar a embalagem.
É fita durex que não acaba mais...
Mas... a embalagem não é o presente.
E tantas pessoas se enganam, confundindo a embalagem com o presente.
Por que será que alguns presentes são complicados para a gente abrir?
Talvez porque dentro da bonita embalagem haja muito pouco valor.
E bastante vazio, bastante solidão. A decepção seria grande.
Também você amigo.
Também eu.
Somos um presente para os outros.
Você para mim, eu para você.
Triste se formos apenas um presente-embalagem:
muito bem empacotado e quase nada, lá dentro!
Quando existe verdadeiro encontro com alguém,
no diálogo, na abertura, na fraternidade,
deixamos de ser mera embalagem e passamos à categoria de reais presentes.
Nos verdadeiros encontros humanos,
acontecem coisas muito comoventes e essenciais:
mutuamente nós vamos desembrulhando, desempacotando, revelando...
Você já experimentou essa imensa alegria da vida?
A alegria profunda que nasce da alma,
quando duas pessoas se comunicam virando um presente uma para outra?
Conteúdo interno é segredo
para quem deseja tornar-se Presente aos irmãos de cada estrada
e não apenas embalagem...
Um presente assim não necessita de embalagem.
É a verdadeira alegria que a gente sente e não consegue descrever,
só nasce no verdadeiro encontro com alguém.
A gente abre, sente e agradece a Deus.

Pessoas São Um Presente
(Autor desconhecido)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A mente que se abre a uma nova idéia,
jamais voltará ao seu tamanho original.

Lembre-se que as pessoas podem tirar tudo de você, menos o seu conhecimento.
É o seu bem mais precioso. Explore; viaje; descubra. Conheça.

O único lugar onde sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.

Quem nunca errou nunca experimentou nada novo.

Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado.

Einstein

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"Viver não dói" ou "As possibilidades perdidas"

Martha Medeiros

Chegaram a mim alguns versos do poeta mineiro,Emílio Moura e um em especial me chamou a atenção: "Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive".

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.